quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Rosane Oliveira/Zero Hora

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Além de pobre na concepção, com a conversa entre um mineiro e um baiano, o primeiro programa de rádio de José Serra teve problemas de edição.
Aliança branca para Paim
Circula no PT uma ideia para tentar garantir a reeleição de Paulo Paim ao Senado: incentivar o segundo voto em Germano Rigotto (PMDB). Na leitura de líderes petistas, num eventual governo de Dilma Rousseff (PT), é melhor ter o ex-governador como companheiro de Paim do que Ana Amélia Lemos (PP), pois Rigotto seria mais aberto a negociar com o Planalto. Por outro lado, a estratégia serviria para minar o voto casado em Ana Amélia e Rigotto.
Torcer ou secar o Inter?
Único colorado entre os principais candidatos ao Piratini, Tarso Genro (PT) vai assistir à final da Libertadores, hoje, em casa, ao lado da mulher, a gremista Sandra. Seu palpite é 2 x 0 para o Inter.
Apesar de gremista, a governadora Yeda Crusius garante que vai torcer pelo Inter porque quer a taça no Estado. E arrisca um palpite: Inter 2, Chivas 1. Também torcedor do Grêmio, José Fogaça diz que “gremista não dá palpite em jogo do Inter”. Pedro Ruas é gremista, mas prevê 3 x 0 para o Inter, “porque o time do Chivas é muito ruim”.
Se depender do deputado Nelson Marchezan Jr. (PSDB), relator do projeto que reajusta salários dos servidores do Tribunal de Contas, o aumento de 4,76% não será aprovado. Na CCJ, deu parecer contrário, por entender que seria aumento sobre aumento, já que no Plano de Carreira aprovado em 2009 já há previsão de reajustes.
Diferenças na propaganda
Em desvantagem em todas as pesquisas eleitorais, José Serra (PSDB) aposta na propaganda eleitoral para recuperar terreno e impedir a vitória de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno, indicada no Datafolha e no Vox Populi. Na estreia da propaganda, porém, o que se viu foi uma diferença gritante de qualidade técnica de produção entre os dois programas, tanto no rádio quanto na TV. Há 15 dias, os tucanos demonstravam preocupação com a concorrência. Um líder do PSDB contou que, quando Serra começou a gravar, a candidata do PT já tinha 12 programas montados e testados em pesquisas qualitativas. Serra, que abriu o horário eleitoral no rádio e na TV, apresentou pequenas modificações entre os programas da tarde e da noite. Apostou em dois pontos: sua biografia e suas ações na área da saúde, como os genéricos e o programa de tratamento de aids. Mostrou depoimentos de pessoas que se beneficiaram de programas criados por ele, como o mutirão para cirurgias de catarata. O que mais marcou no programa do tucano foi o uso do nome do presidente Lula num jingle em ritmo de samba. “Quando o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá”, diz o refrão. O programa de Dilma explorou a proximidade dela com Lula, exibiu cenas gravadas em diferentes pontos do Brasil e mostrou o presidente pedindo votos e dizendo que lançou a candidatura dela porque quer eleger a primeira presidenta do Brasil. A edição da noite começou com Dilma falando do Chuí e Lula do Oiapoque, num roteiro cuidadosamente elaborado para atingir todos os pontos do país.
No início da tarde, Dilma usou um tom emocional para falar de seu passado. Até o exmarido, o ex-deputado Carlos Araujo, deu um depoimento simpático em favor da candidata, registrando que do casamento deles nasceu a filha Paula.
ESFORÇO CONCENTRADO
Depois de ter percorrido todas as regiões do Estado na primeira fase da campanha eleitoral, o candidato do PT a governador, Tarso Genro, concentrou os últimos dias na Região Metropolitana, onde as pesquisas indicam sólida vantagem sobre seus principais adversários.
No domingo, o candidato fez comício em Cachoeirinha. Segunda, em Canoas. Ontem, em Sapiranga (foto). Na sexta-feira, o comício será em São Leopoldo, cidade governada pelo PT desde 2005. A proximidade com a Capital facilita a conciliação do roteiro com a gravação de programas para a propaganda eleitoral. A Grande Porto Alegre e o Vale do Sinos são estratégicos para a candidatura de Tarso, já que em 2008 o PT conseguiu eleger os prefeitos da maioria dos municípios ao longo da BR-116.
Susto
Ao chegar à empresa Fröhlich, ontem, em Ivoti, a comitiva de Yeda Crusius (PSDB) levou um susto: um carro desgovernado que fugia de perseguição policial bateu na lateral esquerda do Mégane da assessora de imprensa Eliana Camejo. Ela não se feriu.
Foi mal
Luiz Carlos Borges não é candidato a nada na eleição de outubro. Ele não interpretou o Hino Rio-Grandense segunda-feira, no lançamento do movimento Gaúchos com Serra, porque a assessoria jurídica avaliou que sua participação poderia ser interpretada como showmício, que é proibido por lei. Convenhamos que há certo exagero: ele estava lá como simpatizante de José Serra (PSDB), não como artista contratado.
Cadê a estrela?
A estrela e o vermelho do PT sumiram do programa da candidata Dilma Rousseff, como já haviam desaparecido das produções exibidas neste ano no espaço reservado aos partidos.
Em vez de reforçar os símbolos da sigla, que enfrenta resistências, a estratégia é valorizar a popularidade do presidente Lula.
Em encontro com representantes da área cultural, no John Bull Pub, na noite de segunda-feira, o candidato a governador José Fogaça (PMDB) também teve um momento de romantismo. Ao lado da mulher, Isabela, lembrou que foi na casa do cantor e ex-secretário estadual da Cultura Vitor Hugo que os dois começaram a namorar, em 1980.
MIRANTE
Foi motivo de estresse no PMDB a falha da produtora de não colocar o nome dos candidatos a deputado federal junto à imagem de cada um.
Delegados de polícia entregaram à governadora Yeda Crusius pedido de projeto de lei que fixe subsídios para a categoria.