Cena aberta
Na disputa do palanque eletrônico, José Serra e Dilma Rousseff apelam para estilos antagônicos. Ele aposta no figurino de governante eficiente, falando direto com o público, chamando o eleitor à razão. A fama de antipático, Serra combate sentando à mesa com os entrevistados. O programa de TV, contudo, peca ao reproduzir uma favela de estúdio, na hora do sambinha de fácil refrão. Do outro lado, Dilma é toda emoção. Deixando para trás o estilo trombador, conta a sua história com tranquilidade incomum. Da luta contra a ditadura à Casa Civil, toda a biografia é exposta, imunizando a ex-ministra de ataques futuros. Lula aparece como padrinho e fiador, mas com participação estratégica. Na estreia, Dilma é a estrela, inclusive quando ganha um depoimento especial de Olívio Dutra. É o elo que faltava com o PT de raiz. Gerentes turrões, Serra e Dilma são muito parecidos fora do vídeo. Mas, na guerra da telinha, o que vale é o show.
Desvio
Vilson Covatti (PP) saiu esbravejando da reunião de líderes na Câmara. O deputado classificou de irresponsabilidade a convocação do esforço concentrado sem acordo prévio para as votações. Mas, afinal, qual é mesmo a função dos parlamentares?
Paz e amor
Um dia após a visita de Serra ao Estado, aliados gaúchos estavam insatisfeitos com o discurso do presidenciável. Para eles, o tucano deve explorar os pontos fracos do governo Lula e o passado da adversária. Pelo jeito, o conselho passou em branco.
Organizada
Colorados, os deputados Ibsen Pinheiro (PMDB), Beto Albuquerque (PSB) e Afonso Hamm (PP) torcem para serem liberados dos seus compromissos em Brasília o mais cedo possível. O voo das 17h é um dos mais concorridos.
Ditadura
A 41ª Caravana da Anistia julga hoje, em Brasília, mais sete processos. Entre os casos, está o de Jefferson Cardim de Alencar Osório. Em colaboração com Leonel Brizola, o então coronel do Exército liderou a invasão ao quartel de Três Passos, em 1965, considerada a primeira reação armada contra o governo militar.
PARA CONFERIR ali adiante
Regional
Na conquista do Sul e do Sudeste, a ordem no comando de campanha de Dilma é continuar reforçando nos programas de rádio e TV os laços mineiros e gaúchos da candidata.
