- A poucos dias da chegada do presidente dos Estados Unidos da América ao Brasil, autoridades brasileiras fazem os últimos ajustes no esquema de segurança montado para receber Barack Obama.
- Na última terça-feira (15), o Comando da Brigada de Infantaria Pará-quedista do Exército, sediada na Vila Militar do Rio de Janeiro, autorizou a compra, por R$ 83,6 mil, de 20 rádios portáteis de comunicação para atender à operação de segurança preparada por conta da visita do presidente norte-americano.
- Cada rádio custará quase R$ 4,2 mil .
- A empresa fornecedora, por dispensa de licitação, foi a Mobile Ton Eletronica, especializada venda de componentes eletroeletrônicos, manutenção e locação de equipamentos de radiocomunicação.
- O Comando da Brigada de Infantaria Pará-quedista afirmou que todas as questões relacionadas à segurança do presidente Obama deveriam ser tradas com o Centro de Comunicação Social do Exército, em Brasília, que, por sua vez, informou que o Comando Militar do Leste é o responsável pela coordenação da área de segurança no Rio de Janeiro. Até o fechamento da matéria, no entanto, o Comando Militar do Leste não foi localizado para informar de que forma a aquisição dos rádios contribuirá para otimizar o esquema de segurança em torno do presidente dos EUA.
- Obama, que fará sua primeira viagem como presidente norte-americano à América do Sul, chegará ao Brasil no próximo sábado (19) e iniciará a agenda em Brasília, onde fará a assinatura de acordos com a presidente Dilma Rousseff.
- Em seguida, o presidente dos EUA partirá para o Rio de Janeiro e visitará, no domingo, a comunidade Cidade de Deus, na zona oeste.
- Logo mais à tarde, Obama discursará na Cinelândia, no centro do Rio para cerca de 30 mil pessoas.
- O evento, de acordo com a embaixada norte-americana, será gratuito, aberto ao público e “direcionado a todos os brasileiros”. Haverá tradução simultânea.
- Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, o esquema de segurança montado para a visita do presidente Barack Obama está pronto, inclusive, com os itinerários traçados. “O esquema especial de segurança está a cargo da PM e do consulado americano.
- Estamos montando todo o aparato que o consulado americano considera necessário e vamos atender dentro das nossas possibilidades. Tudo está ajustado”, disse.
Esposa à parte?
- O presidente Obama chegará ao Brasil acompanhado da primeira-dama, Michelle Obama, e das filhas Malia e Sasha.
- Mas, em São Paulo, uma mulher identificou-se como esposa de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos. Elizabete de Cássia Neto ingressou com uma representação na Procuradoria-Geral da Justiça Militar por ter sido impedida por coronéis de entrar na Base Aérea de São Paulo (Cumbica), ocasião em que entregaria documentos, comprovando o “casamento com Barack Hussein Obama”. Elizabete queixou-se ainda de despesas com locomoção por conta do impasse.
- Segundo ela, o ingresso na Base Aérea facilitaria o retorno para os Estados Unidos em uma suposta missão militar que ocorria em São Paulo, com a presença de Obama.
- O episódio aconteceu em outubro do ano passado, mas só foi publicado recentemente no Diário Oficial da União, após julgamento do mérito.
- O promotor de Justiça Militar Cláudio Martins, que julgou a eventual prática de crime, entendeu que as organizações militares são “estruturas dotadas de equipamentos valiosos, armamentos, documentos e uma longa série de fatores que demandam controle rigoroso de entrada de pessoas e veículos”.
- Assim, “parece evidente que a vedação de ingresso de Elizabete de Cássia Neto no interior da Base Aérea de São Paulo é conduta que não se reveste, nem mesmo minimamente, de indícios de prática de crime militar”.
- Manifestou-se, portanto, pelo arquivamento da representação.
- Segundo o Ministério Público Militar, a requerente não apresentou documentos que comprovassem o suposto casamento com o presidente dos Estados Unidos. Logo, José Garcia de Freitas Júnior, procurador-geral de Justiça Militar em exercício, diz ter sido acertada a decisão de impedir o ingresso de Elizabete, por entender que “o Comando em nada poderia contribuir para atender o inusitado pleito da representante.
- Do contexto fático-jurídico trazido ao conhecimento do Ministério Público Militar infere-se a ausência de indícios de crime militar, razão pela qual nada autoriza o prosseguimento deste feito nesta seara especializada”.
- Por fim, o procurador-geral votou pelo arquivamento, conforme já havia sido indicado pelo promotor Cláudio Martins.