A patrola do mínimo
- Ao estabelecer uma política fixa para o salário mínimo até 2014, o Planalto se livra do desgaste de negociar o aumento todos os anos.
- É vantagem para o trabalhador, que enxerga uma lógica de reajuste – inflação mais o crescimento da economia –, mas não deixa de ser também uma tranquilidade para o governo.
- Ontem, alguns deputados se deram conta de que vão perder essa moeda de barganha.
- O desconforto não é só com o limite de R$ 545, mas com o fim de mais uma arma eleitoral.
- Mesmo assim, os governistas vão patrolar na votação de hoje.
- A medida é impopular, o método é truculento, mas o governo tem razão ao limitar o aumento do mínimo.
- A responsabilidade fiscal, negligenciada no governo Lula, precisa liderar as prioridades.
- Quem sabe, regras claras para os reajustes sirvam de começo para a organização das contas públicas.
Leão
- Com a candidatura bancada pelo Planalto, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), enfrenta hoje o primeiro desafio em plenário.
- Envolvido nas negociações, já avisa que o governo estuda também encaminhar ao Congresso uma política fixa para a correção do Imposto de Renda.
- Mais uma arma para convencer os resistentes.
Experiência
- Os representantes das centrais sindicais que lotaram o plenário quase não fizeram barulho.
- Só o que irritou os manifestantes foi o atraso da comissão geral, marcada para as 15h.
- Como havia poucos deputados em plenário, os sindicalistas começaram a gritar.
- Novato, o deputado Danrlei (PTB-RS) olhava para as galerias com curiosidade.
- Questionado sobre a intimidação, ele não pestanejou: – Para quem jogou na Colômbia, com torcida contra, isso não é nada!
PARA CONFERIR ali adiante Privilégios
- Fez bem o senador Pedro Simon (PMDB-RS) ao finalmente abrir mão da aposentadoria de ex-governador.
- Além de ter colocado o senador em uma saia justa perante o plenário, a polêmica deve ser resolvida em breve pelo STF.
- Mesmo tardia, que a iniciativa de Simon sirva de exemplo, em especial para os reis dos benefícios acumulados.