quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Zero Hora...

Bolsa-tudo
Com o sucesso do Bolsa-Família e a mania do governo federal de batizar de “bolsa” seus programas sociais, a proposta de Tarso de criar a Bolsa-Copa provocou risos e piadas entre os assessores de Fogaça, Yeda e Pedro Ruas. As equipes foram reunidas em um estúdio ao lado do que recebia os candidatos. – O que é isso, Pestana? – questionou Berfran Rosado a Carlos Pestana, coordenador da campanha petista. – Tiraram da cartola essa – brincou Roberto Robaina, presidente do PSOL. Quando Fogaça disse que criaria o ProMédio, uma bolsa para o Ensino Médio, provocou novo zunzum no estúdio dos assessores, que assistiam ao programa em duas TVs.
Metralhadora giratória
Acostumado a fustigar a governadora em quase todas as manifestações que faz na campanha, Pedro Ruas afirmou, logo na entrada, estar preparado para dividir seus ataques entre os três melhores colocados: Tarso, Fogaça e Yeda. – Meu desejo é que todos fossem sinceros – declarou antes de o debate começar.
Troca de assessor
Acostumado a ser assessorado nos debates pelo cientista político Juliano Corbellini, José Fogaça trocou de auxiliar ontem. No embate decisivo, a companhia escolhida para apoiá-lo no estúdio foi o companheiro de prefeitura e ex-secretário Clóvis Magalhães.
Ataque tucano
De calças pretas, blusa lilás e casaco branco, Yeda conversava com repórteres sem tirar as mãos dos bolsos. Questionada sobre ataques a Tarso e a Fogaça, ela definiu assim sua estratégia:
– Nossa estratégia é continuar na linha de verdade, responsabilidade e comparação.
Velhos amigos
Apesar de Yeda criticar Fogaça na propaganda, a proximidade entre seus partidos ficou evidente nos bastidores. Assessores de ambos passaram boa parte dos momentos de descontração juntos, conversando sobre temas desde futebol, o clima e lembranças dos tempos na prefeitura. Clóvis Magalhães, fiel escudeiro de Fogaça, e Berfran Rosado, o vice de Yeda, sentaram-se juntos na sala dedicada aos assessores.
Multifunção
Berfran Rosado (PPS) – companheiro de chapa que Yeda costuma chamar de “um vice de verdade” após sua experiência frustrada com Paulo Feijó – transformou-se em seu principal assessor. É ele quem a aconselhou durante os intervalos do debate. Berfran entrou na campanha da governadora inicialmente apenas como vice, mas passou a ter status de mentor e conselheiro.
Militar
Aroldo Medina, que ao se encontrar com os candidatos Tarso e Carlos Schneider distribuiu seu cartão pessoal, bateu continência em sua primeira aparição no vídeo, na apresentação de Lasier Martins. Medina é integrante da BM.
Primeiro ataque
Foi Aroldo Medina o primeiro a atacar Yeda. O candidato afirmou que hoje chamará a imprensa para divulgar suspeitas sobre o funcionamento de supostas empresas-fantasmas em contratos com o governo. Yeda rebateu dizendo que ele era mais um a aderir ao método de convocar a imprensa em vez de levar ao governo a denúncia formalizada.
Inimigos das pesquisas
Carlos Schneider protestou contra a “imoralidade” das pesquisas eleitorais, classificando-as como uma forma de voto de cabresto: – Vote com sua consciência, e não com a consciência das pesquisas. Aroldo Medina fez coro ao candidato: – Vim aqui denunciar as pesquisas. Eleitor, seja independente.
Sob o olhar da Brigada
As claques de militantes começaram a se concentrar nas imediações da RBS TV a partir das 19h30min. Três blocos distintos ocuparam as ruas com tambores, bandeiras e carros de som. Apesar da proximidade, não houve confronto. Mas a BM estava a postos.