O pedreiro Admar de Jesus, 40, o "Maníaco de Luziânia", ganhou a liberdade a uma semana de cometer o primeiro assassinato pelo menos um ano e meio antes de cumprir o prazo mínimo exigido por lei para se habilitar ao benefícios. Ou seja, em junho de 2011. Segundo a lei, criminosos como ele podem requerer a progressão de pena após cumprir dois quintos da pena - no caso do pedreiro, cinco anos e meio. No entanto, o "Maníaco de Luziânia" ganhou a liberdade após cumprir apenas quatro anos de prisão. O secretário-geral adjunto da OAB-DF, Luís Maximiliano Leal Mota, que é especialista em direito penal, acha que houve um erro terrível da justiça. Segundo ele, o juiz errou ou foi induzido a erro. Além disso, o benefício foi concedido apesar da recomendação de "monitoramento" que constava do laudo pericial.
Envenenamento - Como este site informou primeiro, Admar de Jesus é viúvo: sua mulher morreu envenenada quando o casal vivia na Bahia, segundo apurou a Polícia Federal. A morte da mulher do "serial killer" será agora investigada. Ele é o matador confesso de seis adolescentes de 13 a 17 anos de um mesmo bairro na cidade de Luziânia (GO). O desaparecimento dos garotos, a partir do final de dezembro passado, causou grande apreensão entre os brasilienses porque o fato ocorreu a apenas 66km da Capital. Neste domingo, a Polícia Civil de Goiás encontrou os seis corpos dos adolescentes O assassino revelou que os matou a pauladas, após atraí-los com ofertas de trabalho e de dinheiro. O Maníaco de Luziânia cumpria sentença por pedofilia, no DF, e foi solto sob o benefício da "progressão de pena". A primeira vítima desapareceu em 30 de dezembro, dias depois de sua soltura. O crime foi desvendado pela Polícia Federal. Uma das principais pistas que levaram os policiais ao Maníaco de Luziânia foi o telefone celular de uma das vítimas, depois usado por cinco pessoas, até chegar às mãos de um parente do assassino. Todos foram presos.
Em primeira mão aqui - A solução do caso foi noticiada em primeira mão na coluna Claudio Humberto, reproduzida em 37 jornais diários de 25 estados. Segundo o delegado Norton Ferreira, da Polícia Civil goiana, o pedreiro levava suas vítimas para um vale onde existe um lago dizendo que eles participariam de "uma pescaria”. Nesse local é que teriam ocorrido os abusos sexuais e os assassinatos.
Maníaco em Goiânia - A Polícia Civil transferiu o assassino confesso dos adolescentes para um presídio em Goiânia, por razões de segurança, tendo em vista a grande comoção dos moradores de Luiziânia. Os adolescentes assassinados moravam em um mesmo bairro pobre da periferia da cidade. A Polícia Federal investiga agora se Admar de Jesus agiu sozinho ou se teve ajuda para matar os seis jovens.